Ensaios

A traição do eleitor

Meu pai tinha um companheiro de FEB que de 4 em 4 anos se candidatava a vereador. Como um relógio, três meses antes da eleição municipal, lá vinha ele bater na nossa casa. Carregando um pacote de santinhos, ele fazia a longa jornada de Deodoro ao Flamengo sobre as próteses e as muletas que sustentavam seu corpo desde que perdera as duas pernas na Segunda Guerra. Seu slogan sempre mudava, mas nunca saía da linha:…

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