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Não eleja ditadores

O problema dos ditadores é que eles não tem planos de governo, estéticas, crenças ou ambições políticas. Os ditadores só querem estar no poder. Como crianças mimadas que se ressentem do poder paterno que os excluía do amor da mãe, esses neuróticos em potencial acabaram se tornando esquizoparanoides. Por se acharem mais importantes que o restante da humanidade, se acham perseguidos por todos. Assim, só se sentirão seguros se estiverem ao lado do seio bom, evitando a todo o momento que o seio mau venha lhes negar o leite ao qual acreditam ter direito e, cá entre nós, não tem.

Esses ditadores não aprenderam a lidar com a frustração e, dessa forma, corrompem suas memórias para sempre estarem certos. Ao contrário da Ana Maria Braga, eles não aprenderam que é mais legal ser feliz do que estar certo. E para eles não basta que eles acreditem em suas fantasias. Eles querem nos convencer com slogans, palavras de ordem, fake news e outras formas de administração de mentiras.

Num sistema democrático capitalista os ditadores surgem do mundo das celebridades. Se aproveitando do excesso de libido autodirigida eles arrebanham os de baixa auto-estima e os tornam em exércitos de fãs, admiradores, eleitores ou fiéis. Por isso os governos, os templos, os serviços de streaming de música e os reality shows estão coalhados de pequenos e grandes ditadores, que não importando o tamanho são igualmente fatais.

Assim, não eleja ditadores. Não os eleja como presidentes, campeões de Big Brother, artistas do momento ou, na sua vida particular, como amigos ou amantes. Esqueça os ditadores. Quando eles estiverem gritando e agitando as suas massas de manobra contra tudo que é bom e belo, não ligue, se cale e não lhes dê atenção.

O segredo que aparentemente esquecemos é que o nosso silêncio é fatal para eles.

Shhhh….

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