- Uma grande diferença entre os filmes com super heróis pré MCU e pós são os closes. Antes o foco era nos personagens e abusavam dos closes para reforçar suas reações emocionais. Com o MCU o foco passou pro plano geral coreografado. Esse novo Super Homem retorna com os closes. Será que vinga?
- Incrível como a história do gato de Grant Morrison morto por um osso de galinha em Animal Man #26 que li em 1990 ainda volta à minha mente toda vez que compro Frango Assado. A boa escrita traumatiza.
- É surpreendente como a metalinguagem e a auto ficção tomaram boa parte do nosso imaginário, sem a elegância experimental dos textos pós 2a. Guerra. A minha impressão é que isso não é um movimento de quem escreve mas uma resposta a um público que perdeu a capacidade de suspender a descrença e se tornou parte interessada no aspecto financeiro do negócio da ficção. Não temos mais leitores, mas investidores.
- 30 anos do Windows 95
- Folhetim seriado em formato de jornal enviado por e-mail escrito por Benjamin Percy e Stephen King. Começa em Novembro. Link.
- Há uma beleza delicada em como certos subplots entram nos episódios extremamente procedurais de Law & Order: SVU. É quase como se os protagonistas fossem coadjuvantes em suas próprias vidas. Tipo como nas nossas vidas, se vistas de fora de nossas cabeças.
- “We all must ask ourselves what it is we want to do with our time on this planet. Do you want to make something beautiful and true and unique to you? Or do you want to make something formulaic, trend-chasing, and interchangeable because “the market” is says the ROI might be better?(…) Don’t get me wrong. Money matters. Being able to pay rent and afford to give yourself the time and space to make art matters. Artists live in the world and have to think about these things. There are no easy answers.(…)Don’t get me wrong. Money matters. Being able to pay rent and afford to give yourself the time and space to make art matters. Artists live in the world and have to think about these things. There are no easy answers.” Uma bela defesa do isolamento consciente para interagir com o mundo e desenvolver o trabalho que verdadeiramente nos interessam.
- Devemos aceitar que a IA é inteligente e emocional pois inteligência e emoção são construções humanas de difícil definição que ela mesma poderá desconstruir com suas ações? Complicado. Devo assumir o que o outro me oferece, pois é difícil eu mesmo definir o que eu vejo? Kevin Kelly, eu esperava mais de você… mas no longo prazo é bem capaz de você se provar certo. Tendemos a conferir o que buscamos em nós mesmos aos objetos que nos cercam. A pergunta que se esconde por trás de tudo isso é se devemos tratar a IA, o artificial, como algo igual ou similar a nós. É um erro ou simplesmente inevitável?
- “Like every great river and every great sea, the moon belongs to none and belongs to all. It still holds the key to madness, still controls the tides that lap on shores everywhere, still guards the lovers who kiss in every land under no banner but the sky. What a pity that in our moment of triumph we did not forswear the familiar Iwo Jima scene and plant instead a device acceptable to all: a limp white handkerchief, perhaps, symbol of the common cold, which, like the moon, affects us all, unites us all.” – E.B. White sobre a “conquista da Lua“
- Aleph é um tour de force de difícil compreensão. Do que ele fala, afinal? De percepção, atenção, arte e memória? De amor, ego, e da (in)capacidade de desapegar? Da falta de propósito de poder olhar todo o universo de todos os ângulos se não sabemos pra onde olhar? Borges, como sempre, como Escher, transita na construção de estruturas complexas auto recorrentes que aparentemente não levam a lugar, pois o que importa não é a chegada, mas o movimento circular.
- “(…) machine-generated content is exploding across the internet, and it will inevitably make its way to Wikipedia. Wikipedia volunteers have showcased admirable resilience in maintaining the reliability of information on Wikipedia based on existing community-led policies and processes, sometimes leveraging AI/machine learning tools in this work.“ – O mais importante e emblemático conflito do uso da IA na geração de conteúdo provavelmente será esse e tem clara relação com o uso de IA na Gestão do Conhecimento corporativa. Qual será o resultado desse embate?
- Qual é o limite da inspiração e do plágio? Não sei, mas aqui a confusão é patente. Cale-se, Cálice?
- Claramente a maior fraqueza da extrema direita é não conseguir viver na ambiguidade, o que explica a razão pela qual a hipocrisia é uma de suas maiores características. Ao não conseguir entender os conflitos da alma, eles simplesmente os ignoram. Tanto para os outros como para si mesmos. Por isso desprezam tanto a inteligência e o conhecimento que só são exercitados e construídos em múltiplos processos de indefinições e descobertas. Para eles tudo é dogma, tudo é dado.
- “Totalitarianism in power invariably replaces all first-rate talents, regardless of their sympathies, with those crackpots and fools whose lack of intelligence and creativity is still the best guarantee of their loyalty.” ? Hannah Arendt, The Origins of Totalitarianism
2025.08.24
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