Fiz um compromisso comigo mesmo de escrever pelo menos 250 palavras por dia. Em alguns dias isso é fácil. As 250 palavras rapidamente se tornam 1000 sem esforço ou cansaço. Em outros, 250 palavras é quase uma maratona, como hoje. Justificativas para não escrevê-las eu tenho. Muitas. Inclusive posso emprestar algumas para aqueles que quiserem desistir de uma empreitada similar. O trabalho, a filha pra nascer, o cansaço, a falta de inspiração e assim por diante. Mas, como dizia um velho amigo meu, para não fazer algo existem mil razões, para fazer, apenas uma: querer.
E o pior, ou melhor, é que eu quero. E muito. Quero completar as 250 palavras como aquela mulher que se arrastou pela linha final da maratona das olimpiadas de 1984. Lembra dela? Quero tanto que hoje, quando não consigo tirar essas malditas 250 palavras da minha cabeça de jeito nenhum, já devo ter escrito quase 1000 tentando justificar por que não consigo escrevê-las.
O mais estranho é que o compromisso dessas míseras 250 palavras é só comigo. Ninguém provavelmente se comprometeu a ler 250 palavras escritas por mim todo o dia (se alguém o fez, favor me mandar um e-mail que isso dá um bom texto). Ou seja não há um leitor em mente para esse esforço, para esse texto. Apenas um escritor desesperado em bater a sua cota e estabelecer um hábito. Se você está nesse momento me contradizendo e compartilhando da minha angústia, agradeço a companhia. Saiba que acabamos de conseguir. Agora.
Você está indo bem, continue.