Tenho uma história complicada com os tais biscoitos da sorte. A relação é um misto tão bizarro de amor e ódio que até escrevi um livro a respeito.
Antes que venham botar na conta das minhas múltiplas neuroses, aviso, não é exagero da minha parte. Já abri biscoitos com papéis em branco; embalagens estufadas, mas sem biscoito; mensagens pouco inspiradoras (e.g. “Você nunca será rico… mas nada lhe faltará”); e até, como rolou hoje novamente, biscoitos sem nada dentro.
O drama é tão comovente e conhecido no comércio local que, hoje, o dono da loja de produtos japoneses, compadecido, acabou me dando um biscoito de graça.
O segundo biscoito veio com uma sorte meio meh!, mas certeira.

Sorte ou não, não dá pra desprezar certas verdades por mais clichê que sejam.
