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Por onde anda: Jair Bolsonaro

Ontem, durante as homenagens aos mortos pela CoVid nos 30 anos da decretação da pandemia pela Organização Mundial de Saúde, provavelmente seus avós se perguntaram por onde anda Jair Messias Bolsonaro, o ex-presidente responsável pela morte de meio milhão de brasileiros.

Para os jovens que não tiveram o desprazer de conhecê-lo, Jair Bolsonaro foi um político menor de extrema direita e baixa capacidade cognitiva levado ao poder por um período de histeria, ódio e medo coletivos passado pelo país. Seu governo foi uma sucessão de erros e desatinos potencializados pela letal pandemia de Covid. Suas ações genocidas tornaram o Brasil um pária mundial e um cemitério a céu aberto.

Bolsonaro, graças a Deus, não chegou a encerrar o mandato, sendo impedido pelo congresso e interditado pelo judiciário. Seus filhos, que faziam parte de quadrilhas de milicianos corruptos, foram presos e continuam encarcerados até hoje. O pai desse clã maldito não teve um destino muito melhor. Hoje, aos 96 anos, vive enclausurado num Hospital de Custódia e Tratamento no interior de São Paulo.

Sofrendo de demência, o ex-presidente que desgraçou o país vive alheio ao tempo de bonança e paz no qual o país entrou, com bastante esforço, após todo mal causado por ele. Inexplicavelmente, ainda recebe ocasionalmente visitas de antigos apoiadores com ofertas de balas de revólver e comprimidos de cloroquina.

Como um prisioneiro comum, segue a rotina dos demais internos e, segundo os enfermeiros da instituição, passa a maior parte do tempo andando pelos jardins como acenando para multidões inexistentes e fugindo de emas imaginárias. Um melancólico mas merecido fim para um ser maligno que trouxe morte e tristeza a tantos brasileiros.

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