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A Branquinha de Paquetá

Não é de se espantar que uma noite fria de quinta feira em Paquetá tenha poucas opções de jantar, mas surpreende que elas, ou, no caso, essa tenha sido tão ruim. A Barca chegou na estação às 19:30 e, no centrinho da ilha, o que não estava fechando já estava fechado. Com fome, paramos no único lugar que prometia uma sobrevida: o Bibi Lanches, na Pinheiro Freire. Poucas mesas ao ar livre, dois cachorros de…

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Como lidar com a aparente revolução permanente

Lendo a newsletter do Warren Ellis, não lê ainda? Leia!, esbarrei com essa indicação de livro sobre a revolução inglesa. Comprei, mas, confesso, que o que mais me impactou na capa foi a informação que ela durou, segundo os historiadores, oitenta e três anos, o que seria naquela época mais do que 2 gerações. Se não conseguimos sobreviver a duas semanas de crise sem pedir pra morrer, imaginem herdar dos avôs problemas aparentemente insolúveis Com…

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O nome do elefantinho

Uma função do nome que a gente costuma esquecer é servir de escudo. En geral, o que tem nome está protegido. Dentro da granja, todas as galinhas são potencial canja; menos a Giselda, que você cuidou quando nasceu fraca e, um dia, por esse apego, acabou dando um nome pra ela. Por isso há uma diferença entre os animais domésticos, que servem à, e são servidos na casa, e os animais de estimação, que você…

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O tempo? Eu acho…

Eu acho que sempre tenho tempo. Quer dizer, eu acho que acho tempo. E, muitas vezes, não só acho, eu acho, o tempo. O que eu não acho é tempo pra descansar. Todo o tempo disponível, que eu acho, eu acho que poderia ser melhor usado com algo que acho mais útil que descansar. É por isso, eu acho, que eu acho que estou tão cansado. Acho que o melhor seria se eu conseguisse aquietar…

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Um tom ainda mais branco do pálido

Até 1994, quando ouvi falarem de A Whiter Shade of Pale, numa exibição de meia noite de The Commitments no cinema Cândido Mendes, como a música mais incompreensível da história, eu só a tinha escutado uma vez. A memória da música era clara, mas eu não conseguia entender o contexto do comentário. Sim, eu lembrava da estranheza da canção, mas algo me faltava para fazer essa ponte cognitiva tão certeira. Óbvio que esse incômodo ativou…

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Megalopolis e o fim do cinema de erros e certos

As críticas de Megalopolis, o novo filme do Coppola, estão me agradando. Não por falarem bem (ou mal) do filme, mas justamente por estarem incertas a respeito dele. A do Vulture inclusive chama o filme de uma loucura impossível de não amar. Existe melhor definição para arte? Parece que, depois de anos de filmes dando continuidade a franquias vazias ou adaptando obras às quais deviam(?) fidelidade infantil, finalmente estamos saindo da era dos filmes que…

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