Finalmente apareceu. Mas parece que não era tudo isso. Parecia ser melhor, parecia ser pior, mas nunca era o que parecia ser. Até parece que seria, né?
Mas parece que ia aparecer de novo. Mas não apareceu. Desapareceu. Pra sempre? Parece que sim. Parece que não. Depende pra quem você pergunta. Pra uns “pra sempre” parece interminável, pra outros parece que “pra sempre” não existe. Até parece que vai demorar, mas o que desaparece sempre aparece. Pelo menos é o que parece.
Mas a gente fia muito nas aparências e acaba que o que parece ser nunca aparece como deveria parecer. Sim, é até parecido, mas parece que para por aí. Parece que a gente sempre deixa as nossas fantasias se intrometerem na nossa percepção e PIMBA! O que parecia ser não é. Até é, mas, no fim das contas, tudo assim é se lhe parece. Isso é de quem mesmo? Não lembro, mas parece Pirandello. Ou algo parecido.
Mas dá pra dizer que algo é mais do que parece ser? Se a gente até parece ser, pra gente mesmo, uma pessoa e depois descobre que a gente não é nada do que parecia ser, imagina o resto. Parece até que somos vítimas das aparências. Dá uma vontade de desaparecer, mas a gente não desaparece e tudo que era pra ficar desaparecido parece que reaparece.
Afinal quem é vivo sempre aparece. Mas depois desaparece. Nunca pra sempre, pois aparece nas nossas memórias, nas nossas piadas, nas nossas emoções. Parecido com um vento quente, parecido com um calafrio, parecido com aquilo que a gente nem achava que era parecido, mas parece que é, mas não é.
E agora? Apareceu. Parece que sim. Calma, calma, não. Já foi. Desapareceu. Mas fica tranquila que daqui a pouco aparece de novo. Parece que vai aparecer. Então, fica aí, não desaparece e, se precisar sair, não esquece da gente e vê se aparece.
Posso confiar em você? Você parece confiável. Até parece.