Bom, já passou da hora, mas ainda é tempo. Por meio desse post, nesse blog que quase ninguém lê, proclamo a independência da República Socialista da São Salvador e adjacências.
Caramba, foi mais fácil do que eu imaginava. E não precisou de cavalo nem de espada. Pronto, estamos fora do Brasil. Sem Bolsonaro e sua familícia. E sem um outro bando de desafetos e almas sebosas que nem vale mencionar. Prontos pra começar, quase do zero, uma nova experiência nacional.
Como vão funcionar as coisas? Bem, não sei. A República Socialista da São Salvador de fato não vai ter um governante. Na verdade, ao invés de socialista, a gente devia ser uma espécie de comuna anárquica. Pronto, melhor. República Anárquica da São Salvador. Ou quem sabe, República Supimpa da São Salvador, ou algo parecido. Podemos decidir depois. Afinal, o que significa um nome?
Para começar precisamos de um território. Isso já está definido. Vamos do Cosme Velho até à Praia do Flamengo, pegando todo bairro das Laranjeiras e pedaços do Flamengo, Catete e Santa Tereza. Nossas fronteiras vão até e incluem ao sul o Belmonte, por conta da empada de camarão, o sebo Beta de Aquarius, ao norte, e a casa Roberto Marinho, ao oeste. Temos escolas, livrarias, hospitais, cinemas, um time de futebol (com estádio), uma estação do corpo de bombeiros, e uma boa leva de bons botequins e restaurantes. De que mais um país precisa? Ah, de uma embaixada. Sem problemas, o baixo Gávea serve.
Os símbolos nacionais? Ainda há muita controvérsia sobre a bandeira e o hino, mas nosso dinheiro já está definido: vai ser a Cássia. E deve ser uma cryptomoeda. Conto com a ajuda de algum cidadão programador para nos ajudar a colocar ela no ar. Se puder dar uma força nesse ponto, é só me mandar um e-mail.
Não teremos poder executivo, nem legislativo. Todo cidadão pode resolver suas tretas com os outros no papo e de forma pacífica. Mas para não deixar o povo totalmente sem rumo, teremos uma constituição composta por dois artigos:
- Não seja babaca
- Em caso de dúvida veja o artigo primeiro
No mais, ajude os outros de boa; não se meta em suas vidas se não requisitado; e seja humano. Humano de verdade. Assim, tipo ao contrário de uns 30% dos brasileiros.
Aqui abraçamos todos os credos, crenças, etnias, orientações sexuais e baratos e afins. No caso de discordância entre os cidadãos, eles serão convocados a discutir tomando uma cerveja no Salvatore Café. Se não chegarem num acordo, Marlene decide o que achar melhor e está ótimo. É o máximo de sistema judicial que pretendemos ter.
Se quiser fazer parte da nossa nação, e receber seu passaporte personalizado, entre com seu pedido de cidadania agora e venha viver num país de verdade. Eu sei, parece estranho. Faz tempo que não sabemos o que é isso. Mas, garanto, você vai gostar.