[oei#09] Os (des)enobrecimentos gráficos que tornam o livro (m)eu
Na minha infância, quando pintava uma grana extra em casa, comprávamos livros. Enciclopédias, coleções, livros grandes em capa dura com letras douradas e fitilhos. A coisa era tão séria que, mesmo não sendo religiosos, tínhamos uma enorme bíblia, de capa dura imitando couro, com douração trilateral, sobre um suporte de leitura no meio da sala. Minha mãe, ateia convicta, se explicava: – É pelas ilustrações do Doré. E fazia suas críticas: – Se bem que…