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Um minuto de pareidolia

Deve ser a pareidolia falando, mas, ontem, ao ver o pessoal da TI levar embora o computador que me acompanhou nos últimos 4 anos e meio de trabalho, desde que comecei nesse “novo” emprego, não posso negar, bateu um pequeno luto.

“you say good bye…”

O trackpad já estava descascando da minha teimosia em não usar um mouse, e a tecla de seta esquerda tinha surtos de inesperada hiperatividade devido à minha obsessão em corrigir e ficar insatisfeito com o que escrevo, mas, mesmo o novo computador sendo uma necessidade, achei que a despedida foi prematura. Sempre é.

O que devo estar me assustando de verdade é o que essa troca significa. Sim, mudar de um computador é o fim de um ciclo. Quer dizer que fiquei tempo suficiente numa relação, não só com o computador, mas, de trabalho, para que as coisas comecem a quebrar à minha volta. Ao mesmo tempo, há a sensação de continuidade. Afinal estou vivendo a oportunidade do início de um novo ciclo, com um novo computador, e, por que não?, de uma nova relação.

Como serão esses novos tempos? Em que situações essa nova máquina irá me acompanhar? Teremos um relacionamento tão próximo, junto à minha família, como rolou na pandemia com o antigo computador? Ou seremos apenas colegas, que visitam a casa do outro no dia semanal de home office? E, mais importante, o que esse relacionamento irá refletir da minha relação com o trabalho em si? Perguntas, perguntas, perguntas…

Sim, estou exagerando, mas, me desculpem, como disse, é a pareidolia falando.

Toda a mudança de relacionamento desorienta

Adeus, dellzinho querido, boa sorte em sua nova vida. Olá, novo dell, seja bem vindo.

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