Você se lembra do que fez? Lembro. E aí? Desculpa. Me diz por que você fez isso. Desculpa. Responde a minha pergunta. Não sei. Não sabe o quê? Não sei a razão. Então você faz as coisas sem razão? As vezes, eu acho. Eu fiquei muito magoada, sabia? Imagino. Imagina nada. E agora? E agora, o quê? Tá tudo bem? Tudo bem, nada! Mas já passou. Passou, mas eu não estou conseguindo me sentir melhor. O que você quer que eu faça? Fica quieto e me deixa pensar.
(….)
Vai fazer de novo? Claro que não. Então, promete. Eu prometo. Promete o quê? Prometo que não vou mais fazer isso. Hump. O que houve? Acho que você não prometeu com sinceridade. Prometi, sim, eu juro. Tá jurando que prometeu? Tô, ué. Quem jura mente. Ah, não vamos começar de novo. Começar de novo? É, vamos parar com essa discussão. Quem é que está errado aqui, hein? Sou eu, desculpa. Tá bom, agora fica quieto.
(…)
Ok, tá desculpado. Ah, que bom. Vai fazer de novo? Não, eu ju… Você o quê? Nada, deixa pra lá. E, agora, o que vamos fazer? Não sei, o que você quer fazer? Você está fazendo de novo. De novo o quê? Aquilo. Ah, meu Deus. Vai dizer que não fez? Tá, eu fiz, desculpa. Desculpa? É, desculpa. Parece que você não lembra do que fez. Eu lembro, sim. E aí? Desculpa. Você não tem jeito mesmo. Eu sei, eu sei.
(ad infinitum)