Consecutio Mortis
Não tinha dúvidas. Toda morte era um suicídio. Talvez não planejado, mas definitivamente intencional. Afinal, toda morte- sua data, sua forma, sua ocasião- era consequência direta das ações das suas próprias vítimas. Fumou, câncer de pulmão; bebeu, cirrose; escolheu uma vida de stress, infarto; evitou tudo, morreu de medo de viver. E mesmo quando, dentro da sua lógica, a causa mortis não seguia o caminho óbvio que o suicida escolheu, isso não deixava de ser…