O sofá, o cama
A cama não era tão grande, mas tomava praticamente todo o quarto. Entre a janela e a porta restava um pequeno espaço ao seu redor onde só cabiam as pernas finas de Arnaldo, o dono da cama, uma de cada vez, e que só servia para acumular coisas perdidas que ele achava que nunca mais iria recuperar. Uma vez por mês, Arnaldo chamava a faxineira que, como mágica, fazia o impossível, e recuperava o que…