Arquivo do Autor: Lisandro Gaertner

Sobre Lisandro Gaertner

Escritor, roteirista, game designer e especialista em aprendizagem. Mais informações na BIO.

Licença Paternidade

O autor pede licença para paparicar sua melhor criação e informar que está trabalhando no relato do momento mais rico e lindo de toda sua vida: o nascimento dela. Enquanto isso, fique com uma imagem da causadora desse pequeno intervalo sendo o mais coquete possível no seu 3o. dia de vida.

Oxitocina em forma humana

Oxitocina em forma humana

Estarei de volta em breve. Abraços e obrigado a todos que nos ajudaram nessa jornada.

“Três coisas não podem ser escondidas por muito tempo: o sol, a lua e a verdade.”

Enfim, Alícia chegou!

Você vai receber uma carta

Segunda feira começa o Month of Letters. Não conhece? Explico. É um projeto que estimula que os participantes escrevam uma carta por dia (útil) no mês de fevereiro. E o mais o importante: que as enviem.

Parece simples, não? Mas, vou te falar, já participo desse projeto há dois anos e não é tão mole assim.

Em primeiro lugar as cartas devem ser escritas à mão, algo que, depois da primeira carta descobri, desaprendi. Quando cheguei na 10a. linha da primeira carta minha mão doía tanto que lamentei terrivelmente ter abandonado o hábito de escrever a mão. Além disso, só de olhar a minha letra, tinha cólicas de vergonha. Mas, depois da segunda carta, aceitei as minha limitações e mandava as cartas mesmo se a minha professora da primeira série não me desse uma estrelinha pela minha caligrafia. O mais importante era estar legível.

Lembre sempre da ergonomia quando for escrever suas cartas

O segundo problema é mudar o seu mindset. Estamos acostumados a uma comunicação telegráfica onde um diz “oi” e outro deve responder qualquer coisa para o papo continuar. Para escrever uma carta, se vocês não lembram do processo, é importante simular na sua mente o que o leitor estaria pensando enquanto a lê. Nessas conversas imaginárias, um assunto se liga no outro e precisamos continuar falando (ou escrevendo) sem ter o reforço de alguém estar a todo momento estar lhe dizendo OK ou HUM, HUM. Ao mesmo tempo que é libertador é um aterrorizante salto no escuro da sua própria consciência e do que você imagina sobre o outro.

A terceira coisa que mais me incomodou foi a pertinência. Quando nos comunicamos por IM ou por e-mail, é fácil jogar a isca para o outro e esperar que ele morda. E aí? Tudo bem? Tudo…. Tudo? É, mais ou menos… O QUE VOCÊ QUER DIZER COM ISSO? A pertinência é uma fé que o outro realmente se interessa pelo que você quer dizer. Para ter essa crença, é importante que em primeiro lugar você mesmo se importe pelo que você está passando para só então estar apto à e desejoso de compartilhá-lo com o outro. Logo, é impossível mandar imagens de gatinhos tocando piano ou mensagens de auto ajuda. Só conseguirá aparecer no papel aquilo que realmente fala ao seu coração. Doido, né? Para isso é importante que você esteja disposto a querer também saber dos outros. Afinal, mandar cartas é apenas uma consequência ou causa de recebê-las.

Em quarto lugar, o caminho até os correios. Mandar um e-mail é fácil. Investir a caminhada emocional aos correios é um salto de fé. Esperar que a sua mensagem chegue ao outro e ele, sensibilizado pela sua mensagem, lhe responda… é uma beleza abraçar esse mundo de incertezas. Escrever e esperar são coisas intrínsicas. Assim como escrever e não ser respondido. Acredite em mim, vai acontecer.

Está preparado para essa maratona emocional? Eu estou. Sei que só falei dos problemas, mas os ganhos são muitos.

Você troca a ansiedade pela expectativa. Fica mais aberto às experiências dos outros que deverão ser saboreadas e não imediatamente respondidas. Você cria um tempo diário para refletir sobre o que está vivendo e realmente descobrir aquilo que deseja compartilhar com o outro. Estimula a sua criatividade e reestabelece contato com o desejo de mostrar aos amigos o melhor de si. Enfim, é uma bela experiência fortalece seus laços com aqueles que ama e aumenta a sua percepção de si mesmo. E isso pelo preço de um selo (hoje em dia 1,25 para cartas de menos de 50g).

Então, vamos nessa?

Se quiser embarcar nessa insanidade missivista, mande seu endereço para o e-mail: lgaertner at gmail.com. E se quiser me conceder a graça de receber uma carta sua, aqui está o meu endereço.

Lisandro Gaertner
Caixa Postal 3290
Belo Horizonte – MG
30130-972

Te vejo na minha caixa postal!

Tesouradas

Oi, doutor, tudo bem? Ainda não abrimos, mas pro senhor claro que dá pra fazer uma exceção. Sente aí. Vai ser só o cabelo? Tudo bem. Vai querer ver aquela revistinha? Chegou uma ótima! Um filé! Ah, tá com livrinho? Eh, eh, eh. Desculpe a piada. Eu entendo, entendo. Vai que a patroa te pega aí, né? Com aquela revista na mão? A coisa não vai ficar boa pro seu lado, né? Mas vamos começar… Continue lendo

Descompromisso com a verdade?

Tava hoje pensando novamente aqui com os meus botões sobre essa febre de cursos de storytelling para executivos. A minha primeira coisa que me pareceu foi que construiram toda uma disciplina em cima daquele conselho mais velho do que andar pra frente:

– Quando for começar uma apresentação, comece com uma piada.

Como perceberam que, como todo senso comum, isso era uma furada, resolveram mudar o adágio:

– Quando for fazer uma apresentação, utilize uma anedota. Continue lendo

A arte de afrontar

Existem diversas maneiras de afrontar o outro, mas nenhuma funciona melhor que mostrar claramente que o está ignorando. Se você tem um estilo mais esquentadinho e gosta de desafiar ou diretamentar confrontar quem lhe incomoda, lamento dizer, você está fazendo isso errado. Toda vez que você confronta o outro e se mostra incomodado com ele ou suas ações, você já perdeu o jogo. Você mostrou que o outro tem o poder na relação. E afrontar não é confrontar. Continue lendo

Mais inteligente que você

Fábio chegou afobado para a entrevista de emprego. Depois de passar pelo escrutínio 11 de setembro style dos entediados guardas de segurança do prédio comercial, correu para o hall dos elevadores. Para a sua surpresa não existiam botões convencionais. Pequenos teclados numéricos substituiam os clássicos subir e descer. Malditos elevadores inteligentes, pensou. Continue lendo