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Fumando espero

Uma das coisas que tem me passado pela cabeça é que, pós CoVid, como rolou pós Influenza e pós 1a. Guerra, a gente possivelmente possa passar por um período de pujança intelectual e orgia dos sentidos. Tudo para esconder o estresse pós traumático dessa experiência e da ansiedade que dificilmente nos largará. Uma década, cheia de arte e exageros, até seu derradeiro fim. Quase ninguém concorda comigo. Agora, leio que fumantes apresentam menos casos de…

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A mão invisível de Darwin

Acho que chegou num ponto em que a gente tem que se perguntar se a economia merece realmente esse lugar de destaque em nossas vidas. Do final do século XVIII pra cá, com a construção das repúblicas democráticas modernas e de algumas tiranias autojustificadas, a economia e a política, reduzida a um processo para definir modos, meios e regulações (ou não) de produção, viraram a coisa mais importante da vida. Coisas de gente séria. Vitais.…

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Sequelas

Agora que o anormal se tornou normal, me pergunto o que faremos quando as coisas, supostamente, voltarem ao normal. Quer dizer, o antigo normal. Sem resposta, eu lembro do meu pai. Ex-combatente, voltou da 2a. Guerra, como muitos previam, maluco, ou, em inglês shell shocked. Maluco de guerra, pero no mucho. As doideiras, tirando a fixação com a 2a. Guerra, se manifestavam esporádica, pontual mas intensamente. Era só ele entrar em um barco qualquer, incluindo…

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Do the Right Thing

Tem umas semanas que Do the Right Thing estava se insinuando em minha vida. Entre um jornal catastrófico e uma maratona de reprises de séries do Gloob (sim eu ainda assisto TV síncrona), eu pegava um pedaço dele. Ou quase. Sempre assistia uns dois minutos e desistia; seja porque estava no meio, no final ou porque não ia conseguir assisti-lo inteiro, graças a necessidade de deixar uma criança de 6 anos entretida depois de um…

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Saudades

Vou te falar. Nesses tempos de isolamento social não estou com tanta saudade de pessoas, mas de lugares. Com as pessoas tenho falado, mesmo virtualmente. Como nunca fui dado a abraços ou outros tipos de contato físico, estou conseguindo levar. Estou com a família, sinto saudades da minha mãe, mas, dos demais, acho que dá pra aguentar. Porém, de lugares, eu sinto falta. Sou virginiano com ascendente em Libra. Racional e desequilibrado. Deu pra sacar?…

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Picard, out

Terminou. Não foi o que eu esperava; não trouxe a redenção prometida; não quis, mas poderia, ser uma Tempestade de Shakespeare ou Marlowe Takes On the Syndicate do Chandler, mas foi bom. Dentro das pressões econômicas das franquias para sobreviver, Picard conseguiu trazer coisas novas, mesmo sendo bem irregular. A minha impressão é que não deixaram Michael Chabon contar a história que ele queria. Dessa forma, a última aventura noir do último homem sensato da…

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